O mercado de banda larga no Brasil tem crescido constantemente e a busca por mobilidade tem se tornado uma tendência irreversível.
De acordo com os dados divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) o Brasil fechou 2018 com 31,05 milhões de contratos ativos no serviço de banda larga fixa. Houve, no ano anterior, um incremento de 2,14 milhões de assinaturas no serviço de banda larga (+7,41%). Enquanto a banda larga móvel registrou 5,7 milhões de clientes em 2019.
Por incrível que pareça os provedores regionais tem sido os grandes responsáveis por esse aumento da banda larga. Os ISPs adicionaram 1,8 milhão de acessos, o que significa expansão de 40,5% em relação a 2017. Sendo também responsáveis por 84% das adições ocorridas na banda larga brasileira no ano anterior.
A expansão da base de usuários de banda larga foi um dos assuntos discutidos no Podcast Milionários da Telecom, durante a entrevista com Filipe Neri (Engenheiro e proprietário da TMCO empresa de Consultoria Regulatória) e Márcio Minguta da NetWireless (empresário de Telecom e profissional do Setor a mais de 20 anos).
Filipe Neri, acredita que esse mercado de banda larga exige questões que vão muito além da entrega de um serviço de qualidade. A começar pelo tipo de abordagem comercial, seguindo por um processo até o pós-venda.
O pós-venda, por exemplo, é uma continuação do trabalho que os pequenos provedores sabem conduzir muito bem. Eles conseguem manter um relacionamento próximo com seus clientes, por meio de orientações básicas, uma assistência prestativa e atendimento de qualidade. Fatores importantes que infelizmente as grandes operadoras não tem condições de oferecer.
É muito comum ouvirmos por aí o papo de que “as grandes operadoras de banda larga não prestam”. Mas, na minha opinião elas tem sim condições de investir em melhoria, o que acontece é um problema muito mais sério, é uma questão gerencial. E como podemos perceber, a cada dia que passa piora ainda mais.
O fato de lidarem com uma carteira muito grande de clientes, as impedem de oferecer um atendimento próximo e humanizado. E por isso acabam optando por soluções automatizadas, que muitas das vezes dificultam e burocratizam os processos.
Em contrapartida, os pequenos provedores por possuírem estruturas menores, conseguem superar bem esse problema. Tornando um verdadeiro diferencial nos dias de hoje.
Por isso, mais uma vez eu volto afirmar aqui, que existe sim espaço para provedor de internet nesse brasil e no mundo. A demanda não para de crescer, e aumenta cada vez mais a necessidade de empresas sérias e comprometidas com a entrega de serviços de qualidade.
E quando falo de qualidade, me refiro não só a questão do atendimento, mas principalmente, boas estruturas de rede, velocidade de sinal, domínio das tecnologias e foco na gestão do negócio sempre.
Esta é uma exigência dos usuários e definitivamente, não basta ter um produto para ofertar, esse produto tem que ser ‘o melhor’ tem que ter qualidade e atender as necessidades do público, senão, ele vai ser simplesmente mais um produto no mercado.