Gerenciar o faturamento da empresa pode ser um dos maiores desafios do provedor de Telecom. E só quem vive essa realidade sabe do que estou falando.
Comigo não foi diferente. Me tornei empresário do ramo e como já tinha bastante experiência e expertise no assunto achei que seria fácil administrar a minha própria empresa como ninguém faria.
Modéstia parte, isso é verdade, eu tenho muita experiência na área, conheço tudo sobre telecomunicações, mas nada disso foi suficiente para que eu pudesse cuidar bem das finanças.
Na verdade, existe diferença entre gerenciar um orçamento grande e ganhar muito dinheiro. E infelizmente, muitos ainda confundem.
Um provedor que tenha faturamento mensal de dezesseis mil reais por mês. Certamente, teve que tirar dinheiro de algum lugar para investir. Certo?
Seja de uma rescisão, receita de alguma venda, saldo de poupança, dinheiro emprestado ou até mesmo do próprio patrimônio.
O fato é que de onde veio esse dinheiro não importa. Você tem que devolvê-lo para sua origem. Não necessariamente, o valore total de uma única vez. Mas ir amortizando por parcelas mês a mês para não se enrolar.
Pensemos na seguinte situação: para o provedor faturar esses dezesseis mil ele teve que investir em torno de quarenta mil reais. Mediante um empréstimo de 48 meses.
Então, a conta é bem simples, dos dezesseis mil que ele fatura mês a mês ele deve tirar o equivalente a prestação desse empréstimo.
Mas, se por um acaso ele retirou esses quarenta mil da poupança e está faturando dezesseis mil todo mês. Então, ele tem que devolver e formar essa poupança novamente.
Sem pressa. Não precisa pegar todo o faturamento para liquidar o empréstimo de uma única vez. Muito pelo contrário. Repita esse passo mês a mês até que você consiga quitá-lo por completo. Até mesmo por uma questão de segurança.
Outro ponto muito importante é sempre pagar os custos do provedor (Folha de salário, link dedicado, aluguéis…) e demais despesas que o provedor tem.
Estas despesas podem variar de caso para caso, porque é bem peculiar de cada um. Mas, é importante ter uma organização e não misturar despesas pessoais com as da empresa.
Em último lugar e não menos importante é preciso definir o salário dos sócios ou do próprio dono provedor.
Depois de pago todos esses custos, suponhamos que sobrou uma margem de 30% dos dezesseis mil. Que é 4.800 reais. É exatamente dessa margem que ele tem que tirar o seu salário.
“Definir o salário do provedor é um ponto muito importante para manter organizada as finanças da empresa. E esse salário deve ser a margem que sobra, dividido por dois.”
Ou seja, se 4.800 reais é o que sobra. Ele tem que estabelecer que o salário dele de todo mês é 2.400 reais e os outros 2.400 reais que sobram é o lucro da empresa.
Sendo assim, se o faturamento aumentar, o salário e o lucro também aumentam. Por isso, cabe ao provedor avaliar a real situação da empresa e suas finanças para definir o destino correto desse dinheiro.
Essa decisão deve ser tomada mês a mês com bastante cautela. Seja, reinvestir na própria empresa ou colocar o dinheiro no bolso. A decisão é sua: Lucra ou reinveste.
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